Repelentes mais Cheirosos e alguns até Afrodisíacos contra o mosquito da dengue, zica e chikungunya
- Armazém Fruto da Terra Embu das Artes
- 16 de set. de 2019
- 4 min de leitura
Atualizado: 17 de set. de 2019
Nós preparamos um repelente a base de Óleos Vegetais, Extrato Glicólico Natural de Cravo, mas veja como fazer seu próprio repelente com Óleos Vegetais e Óleos Essenciais diversos como; Cravo, Citronela, Palmarosa, Capim Limão e o mais efetivo de todos Mentha Piperita (hortelã).O óleo essencial de Cravo-da-Índia é reconhecido como a f r o d i s í a c o e entre os inúmeros óleos estudados até hoje com propriedades repelentes, destaca-se como um dos mais eficientes, superando em ação a citronela e todos os demais. Para usufruir destes benefícios eles podem ser empregados em diluições de 3-5%, este óleo essencial possui potencial irritativo para a pele e mucosas e, portanto, não devem ser utilizado puro ou em concentrações elevadas sobre a pele, sob o risco de provocarem queimaduras em áreas sensíveis. Por isso utilizamos o extrato glicólico neste caso, mas você pode usar este óleo desde que respeitando a diluição.O óleo essencial de Patchouli (P. cablin), também considerado um a f r o d i s í a c o, e muito empregado em misturas s e n s u a i s com o Palmarosa, mostrou em uma pesquisa ação repelente de até 2 horas na diluição de 10% e 50%.Também vale citar o caso da Palmarosa (Cymbopogon martinii) que é uma variedade de capim parente da Citronela, de aroma mais agradável, com delicada fragrância de rosa. É igualmente tido como um a f r o d i s í a c o suave, podendo ser utilizado em substituição ao óleo essencial de rosas. Não há estudos ainda sobre seu uso na pele contra o A. aegypti, mas contra o Anopheles sundaicus, transmissor da malária, 1ml de óleo de palmarosa passado puro nas partes do corpo expostas ao mosquito à noite, mostrou ter 98,7% de proteção dentro de casa, e 96,52% de proteção fora de casa durante 12 horas de observação. Curiosamente, o uso do óleo de Palmarosa (C. martinii) também conseguiu em difusores de ambiente repelência de 97%5, superior à da citronela que foi de 14%6 contra os mosquitos dos gêneros Aedes spp. e Culex spp. Como a palmarosa é um óleo que possui qualidades muito benéficas à pele (reduz manchas e promove melhora da formação do colágeno), é uma boa opção para entrar em formulações naturais repelentes e produtos de rejuvenescimento.Outros óleos essenciais repelentesNão tão a f r o d i s í a c o s quanto os óleos citados anteriormente, mas não menos eficazes como repelentes, é possível encontrar outras alternativas interessantes. O Capim-Limão (Cymbopogon citratus) foi eficiente como repelente tópico contra C. quinquefasciatus na concentração de 1.0, 2.5 e 5.0 mg/cm2 dando 100% de proteção durante 3, 4 e 5 horas respectivamente. Em óleo de oliva a 0,33 µg /cm2 o Capim-Limão mostrou proteção de 98,8% durante 170 minutos contra as picadas do C. quinquefasciatus, e contra o A. aegypt o capim-limão na mesma dose no óleo de oliva só teve efeito por 10,5 minutos com cerca de 97% de proteção.O óleo de Citronela (Cymbopogon nardus), por ser extremamente volátil, confere proteção curta e variável de menos de 20 minutos a até 2 horas contra o A aegypt e C. quinquefasciatus, em concentrações de 5 a 100%. Vale destacar que o Eucalipto Citriodora (Corymbia citriodora), de aroma similar, mostrou possuir efeito repelente melhor que a Citronela.Ninguém pensa no óleo de Hortelã-Pimenta (M. piperita) como repelente de mosquitos, mas foi constatado que ele promove 100% de repelência contra o Aedes aegypti durante 150 minutos.Óleos carreadoresO óleo de Andiroba (Carapa guianenses) puro (100%) mostrou, em um estudo brasileiro, efeito repelente discreto e muito inferior ao DEET 50%, com tempo de proteção para a primeira picada de Aedes de 56 contra 3600 segundos respectivamente. O uso da vela de Andiroba por tempo prolongado (48 horas contínuas) em área com cerca de 27 m2 previne até 100% das picadas de Aedes aegypti.O óleo de Neem (Azadirachta indica) a 5% e 10% mostrou potencial de repelência de 84 e 85% respectivamente, sendo que em combinação com o óleo de Eucalipto Citriodora (C. citriodora) sua ação de repelência elevou-se consideravelmente. As azadiractinas do Neem agem em quimiorreceptores dos mosquitos bloqueando a ativação de células receptoras de açúcar que normalmente estimulam a alimentação. Desta forma o mosquito literalmente ‘‘perde a fome’’ e não provoca picadas.Em virtude de os óleos essenciais serem muito voláteis, a temperatura do ambiente e da pele interferem decisivamente no seu tempo de ação como repelente. Variações químicas na composição dos óleos de acordo com sua origem (quimiotipos e geotipos) também é outro fator que gera diferenças de resultados em estudos.O tempo que um óleo essencial alcançou em estudos como repelente do mosquito da dengue, o que a maioria demonstrou não ultrapassa 2 h.A sinergia de óleos essenciais com óleos carreadores parece ser capaz de aumentar a eficácia, todavia, o tempo limite tende a não se estender das 3 h de ação, sendo determinada também pela diluição do óleo empregado.Alternativas naturais são sempre buscadas com o intuito de evitar o contato contínuo com substâncias tóxicas como o DEET, o inseticida sintético mais comum presente em loções repelentes. Contudo é importante frisar que o uso de repelentes à base unicamente de óleos, devem ser reaplicados a cada 2 h para assegurar a sua eficácia, especialmente em grávidas e crianças.Use os óleos essenciais em difusores de tomada na quantidade de 10-15 gotas para um melhor efeito repelente. Tente sempre combinar dois ou mais óleos para potencializar sinergicamente seus efeitos, pois eles possuem ação diferente conforme o tipo de mosquito.Em uso tópico, escolha um óleo carreador citado ou faça associações entre eles. Acrescente 5% total de óleo essencial no carreador (cerca de 100 gotas de OE para cada 100 ml de carreador). Aplique sobre a pele renovando a cada 2 horas para sua maior segurança. Evite usar óleos com potencial irritativo, que podem causar ardor quando aplicados puros, como, Cravo e Eucalipto .

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