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Foto do escritorArmazém Fruto da Terra Embu das Artes

Aromaterapia ciência integrante da Fitoterapia que pode curar sem efeitos colaterais indesejados.

Atualizado: 17 de set. de 2019

Aromaterapia em seus PrimórdiosO uso de plantas aromáticas (inteiras ou suas partes como folhas, cascas, sementes e seus produtos extrativos como as resinas), é tão antigo quanto a história da humanidade, usadas pela medicina, cosmética e em cerimônias religiosas fora o uso alimentar.Os relatos mais antigos são encontrados nos livros em sânscrito dos Ayurvedas (há mais de 2.000 A.C.), onde há descrições de técnicas rudimentares que os hindus utilizavam para a obtenção de produtos destilados, provavelmente alcoóis aromáticos de espécies de capins do gênero Cymbopogon (capim limão e citronela) nós do Armazém Fruto da Terra ainda hoje usamos o óleo desta região e mirra entre as mais de 700 substâncias aromáticas citadas.O Egito parece ser o berço da arte de obtenção de óleos essenciais através da destilação, apesar de existirem poucas referências atuais disso. Segundo TRISKA (2003), os egípcios fizeram o uso extenso da rosa, gerânio, jasmim, do olíbano, cedro, e da mirra, dentre tantos outros óleos, nos processamentos de mumificação, na perfumaria, nos medicamentos, nos cosméticos, nas massagens, etc. a descoberta de múmias bem preservadas há 5000 anos após sua preparação é um tributo à arte do embalsamento. Houve uma preocupação em se registrar e sistematizar o uso destas plantas, presentes em papiros datados de 1555 a.C., e seus métodos de aplicação e procedência dos óleos são similares aos usados hoje na aromaterapia.As fórmulas de muitos decoctos medicinais e psicoativos foram esculpidas em templos-laboratórios, por sacerdotes-curadores, permitindo um acesso parcial a algumas potentes misturas aromáticas. Era utilizado um método de extração conhecido como infusão, para extração dos óleos a partir das plantas aromáticas; e o incenso, derivado do olíbano, era queimado ao nascer do sol, como oferenda ao deus Ra, e a mirra era oferecida à lua. Estes conhecimentos espalharam-se para os antigos gregos e destes para os romanos através da divulgação feita por Heródoto, filósofo e historiador (485-432 a.C.). O médico grego Hipócrates, considerado o pai da medicina, usou os óleos essenciais e aromaterapia extensivamente em seus métodos de cura, exaltando as virtudes de “um banho aromático diário e uma massagem aromaterapêutica para prolongar a vida”............................................... O uso de plantas e óleos aromáticos na terapêutica pelos chineses é muito antigo, há relatos em obras de 2700 a.C. O livro de medicina interna do antigo Imperador Amarelo da China que criou os fundamentos da Medicina Tradicional Chinesa, fala sobre o uso de plantas aromáticas como o gengibre, muitas destas empregadas também em cerimônias religiosas. Com este link em diversas partes do mundo oriental tão evoluído em ciências e espiritualidade somente no século XII, durante o período das Cruzadas, o conhecimento sobre plantas aromáticas, especiarias e perfumes espalhou-se do Oriente Médio para a Europa. A técnica de obtenção, desenvolvida pelo medico, filosofo, persa, Avicena, (980,1037) através do uso da "serpentina" para refrigeração dos produtos destilados também foi difundida. Entretanto, estes produtos não eram os óleos essenciais propriamente ditos e sim soluções aquosas e alcoólicas destes. Com a difusão do conhecimento, a medicina de Hipócrates difundiu-se e muitas obras médicas foram traduzidas e jardins medicinais passaram a ser cultivados nos mosteiros, onde monges e freiras preparavam remédios a partir destas receitas já tão consagradas a milênios................................... ... Foi somente durante os séculos XVI e XVII que os óleos essenciais receberam suas primeiras aplicações e sua introdução no comércio. A partir disso a aromaterapia cresceu rapidamente ao redor do mundo. No século XVIII, vinagres aromáticos e águas perfumadas tornaram-se populares, especialmente a Água de Colônia utilizada por Napoleão, que a considerava um elixir da vida (AROMALÂNDIA, 2002).A partir do século XVIII as drogas sintéticas emergiam dos laboratórios e o uso das plantas, de forma geral, foi negligenciado, diante da possibilidade de se sintetizar compostos e criar novos medicamentos. Na tentativa de se retirar as “impurezas” das plantas e isolar os princípios ativos, os cientistas se vêm diante do problema dos efeitos colaterais que apareciam, desconsiderando o efeito protetor dos elementos-traço. Durante o século XIX o químico Chamberland, em 1887 publicou resultados sobre as propriedades antissépticas de vários óleos essenciais (TRISKA, 2003). Com o desenvolvimento da indústria química, os óleos sintéticos começaram a ser produzidos em larga escala, tornando-se mais acessíveis economicamente. Se por um lado o uso de óleos essenciais na terapêutica passa a ser mais divulgado (através do marketing das indústrias químicas), por outro ocorre um prejuízo, pois produtos sintéticos não podem ser comparados a produtos naturais em seus efeitos terapêuticos.A Moderna Aromaterapia........................................................................ A palavra “Aroma” remete a cheiro e a palavra “Terapia”remete a cura (LAZLO,2010). Na década de 20, Gatti e Cayola, médicos italianos, demonstraram os benefícios psicoterapêuticos dos óleos, e foi em 1937 que o termo aromaterapia foi utilizado pela primeira vez: Renée Maurice Gatefossé, conduzindo experimentos no uso cosmético dos óleos, sofreu um acidente queimando a mão no laboratório, após ser desenganado pelos médicos com tratamento convencional e encaminhado para amputação resolveu experimentar usar seu experimento cosmético com o óleo de lavanda; a cura se deu rapidamente, o que despertou o interesse no estudo terapêutico dos óleos essenciais (TRISKA, 2003) além do uso cosmético, assim ele se tornou o pai da aromaterapia moderna.Nas duas guerras mundiais os óleos essenciais foram muito utilizados para o tratamento de ferimentos. A França tornou-se pioneira nestes trabalhos, evoluindo para a prescrição individual de óleos essenciais, adequada às particularidades do usuário. Margaret Maury (1895-1968), farmacêutica, criou um método de aplicação dos óleos pela massagem, selecionando-os de acordo com as características físicas, mentais e emocionais de seus clientes. Atualmente, há faculdades de medicina que possuem a matéria "aromaterapia" como opcional (HUDSON, 1999)....................................... Na década de 70, segundo TRISKA (2003) estudos realizados contribuíram para reafirmar os benefícios psicoterapêuticos dos óleos aromáticos, contribuindo para divulgar esta prática para o resto da Europa. Por ser um elemento proveniente da natureza o óleo trás consigo propriedades energéticas e vibracionais, harmonizando o indivíduo.Em termos de ação farmacológica, segundo TRISKA (2003), os óleos essenciais podem atuar no organismo de inúmeras formas, tais como: estimulantes (do sistema nervoso, da musculatura lisa), calmantes, analgésicos, mucolíticos, expectorantes, imunoestimulantes, cicatrizantes, rubefacientes, hormonais, antissépticos, bactericidas, virucidas, fungicidas, anti-helmínticos, etc. A aromaterapia clínica aborda esses efeitos, visando restabelecer o reequilíbrio orgânico. E essa abordagem fitoterápica dos óleos essenciais também é vista como complementar em relação à medicina ortodoxa. Inúmeras pesquisas têm sido conduzidas, confirmando esses efeitos no organismo, porém ao se considerar as possíveis conexões dos óleos essenciais em relação aos pensamentos, sentimentos, status imunológico, pode-se constatar uma habilidade que confere o caráter holístico desta terapia, atuando de forma integrada no físico, mental e emocional, e promovendo saúde.LAVABRE (2001) observou que os óleos essenciais, na visão antroposófica, seriam a manifestações das forças cósmicas do fogo e seriam produzidos pelo “eu” cósmico da planta, matéria dissolvendo-se em calor, uma vez que na evolução da planta, ocorre a transformação do germe em raízes (esfera física), folhas (esfera vital) até a exuberância da flor (esfera astral), em direção a espiritualidade por isso além de sua atividade farmacológica, também teriam ação em doenças do corpo astral. Ele também Afirma que os óleos essenciais produzidos com certas partes da plantas tem efeitos relacionados a esta parte, assim como as características locais influenciam na produção das substancias ativas das plantas - Nas raízes (angélica e vetiver) tendem a ter uma energia fundamental e características próprias de alimentos, sendo estimulantes das funções vitais (especialmente da digestão);...- Pelas folhas (eucalipto, hortelã pimenta, patchouli, capim limão, citronela, alecrim, ) conservam uma forte afinidade com a energia plana, isto é, sistema respiratório, tonificando o sistema vital. - Pela flor, que é a última conquista da planta (que depois se transforma em fruto e semente numa involução voltando ao mundo físico) tem em sua fragrância odor intenso e um sinal de intensa atividade astral (como a rosa). As plantas com criatividade floral mais intensa raramente produzem frutos ou sementes em quantidades significativas. Os óleos essenciais de flores tendem a ser revitalizantes (gerânio), calmantes (lavanda) ou até intoxicantes (narciso), costumam ser refinados, sutis e difíceis de extrair (rosa e néroli), sendo sensíveis a temperatura (lavanda, gerânio, narciso). - Pelas sementes nos levam ao mundo físico, sendo menos sofisticados, mais humildes e diretos (frutas cítricas laranjas, limões, erva-doce, funcho). São revigorantes e fortificantes e tem afinidade com o sistema digestório. - Pela madeira de árvores e arbustos (sândalo, cedro, alecrim, ) auxiliam o equilíbrio e concentração, pois o processo criativo está no cerne da madeira, abrindo a consciência para esferas mais altas sem deixar que percamos o controle, por isso são indicados em rituais religiosos e meditação; - Através de resinas ou gomas perfumadas, nesses casos os óleos essenciais têm forte afinidade com o sistema glandular, pois além de controlar as secreções, apresenta propriedades cosméticas e cicatrizantes.AbsorçãoEstudos demonstraram ocorre o aparecimento dos componentes do óleo essencial, no sangue, após 20 minutos de aplicação na pele, através da massagem e após 90 minutos os níveis sanguíneos caíram a zero. Também componentes de óleos essenciais absorvidos pela pele, apareciam na respiração em intervalos que dependiam do tipo de óleo (por exemplo: terebentina, cineol e alfa-pineno levaram 20 minutos; eugenol, anetol linalol levaram de 20 a 40 minutos; hortelã pimenta, citral e geraniol levaram de 100 a 200 minutos).Os efeitos dos óleos essenciais no cérebro explicados através de duas teorias, que não são excludentes entre si.




Método de extração do Óleo essencial.




1ª) As moléculas estabelecem uma alteração provocando reações neuroquímicas nos nervos olfatórios, propiciando mensagens a serem enviadas à área límbica, local tido como responsável pela memória e a emoção; 2ª) A influência ocorre a partir da absorção na corrente sanguínea via membrana olfatória. A percepção dos óleos essenciais é mais difundida através do olfato. É ele que conecta mais diretamente ao centro emocional do cérebro, atuando fisiológica e psicologicamente. A massagem com óleos essenciais é uma das formas de uso mais utilizada, pois além da ação farmacológica das substâncias que o óleo contém, o toque estabelece uma forma de comunicação não verbal trazendo empatia e compreensão pelo usuário (DE LA CRUZ, 2003). A via de inalação tem sido satisfatória no restabelecimento de um estado saudável, quando ocorre o desequilíbrio emocional, porém o ideal é a combinação de vários métodos de aplicação, feitos durante um período mínimo de 4 a 6 semanas, devendo observar se ocorrem efeitos colaterais ou reações adversas ao usos do óleo essencial.RISKA (2003) afirma que nos ambientes de trabalho, o uso de óleos através de inalação, por um período de 5 a 10 minutos, durante o intervalo da jornada de trabalho, num ambiente de tranquilidade, já é o suficiente para reverter processos de ansiedade e estresse causados por alguma situação decorrente da atividade do indivíduo. Fica claro que o estado de espírito e circunstâncias varia conforme o dia, o que pode determinar o uso de óleos diferentes, além da necessidade de continuar alguma aplicação em casa. A quantidade utilizada será apenas o suficiente para ser percebida, de forma discreta, sem excessos que possibilitem reações. Os óleos essenciais também podem ser utilizados externamente através de compressas quentes ou frias (coloca-se 6 gotas em 1 litro de água na temperatura desejada) utilizando toalhas molhadas e colocando-as no local por 10 a 20 minutos e em banhos de imersão (a quantidade de óleo depende do tamanho da banheira – 1 gota cada 10 litros). Em inalações, são utilizados quando o local de ação são as vias respiratórias. Utiliza-se de 1 a 6 gotas em meio litro de água quente, inalando-se o vapor por 5 a 10 minutos. Para purificar o ambiente basta diluir 2 gotas em 500 ml de água fria e colocar em borrifador aspergindo no local ou então utilizar um difusor, que com auxílio de uma vela, o óleo essencial evapora e o aroma se espalha pelo ambiente.O interessante é que a cada dia que estudo sobre a fitoterapia e seus ramos eu fico intrigada de como a mente (cabeça) comanda tudo. Você pode tomar vários medicamentos ou drogas convencionais, mas a mente deve ser tratada de maneira especial. A aromaterapia é uma medicina alternativa que utiliza o perfume dos óleos essenciais para tratar doenças e proporcionar bem-estar geral. Suas técnicas e empregos são milenares e seus resultados para o corpo e alma são enormes. Seu estudo e trabalhos científicos são muito vastos, simplesmente procurando se acha vários artigos muito interessantes, atuais e abrangente neste ramo da fitoterapia.

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